Roger Moore estreia-se como 007 e marca para sempre a personagem celebrizada por Sean Connery, contrariando a crítica da altura. O resultado foi um James Bond mais elegante, leve, sensível e divertido e um sucesso de bilheteira. Dirigido por Guy Hamilton e lançado no auge do movimento blacksploitation, que despontou nos EUA na década de 70 e cujos filmes se destinavam ao público afro-americano, «007 – Vive e Deixa Morrer» é o primeiro 007 a incluir actores de ascendência africana e diversos elementos desta cultura.
Na sequência da morte de três agentes britânicos, Bond enfrenta Mr. Big (Yaphet Kotto), barão da droga de Harlem que decide distribuir gratuitamente duas toneladas de heroína para arruinar os seus rivais e monopolizar o negócio. Na realidade, o magnata é o Dr. Kananga, diplomata que governa a fictícia ilha de San Monique, nas Caraíbas, onde detém plantações de papoilas. Diabolicamente brilhante, afasta os intrusos defendendo o culto do vodu e gere a complexa organização com base nas previsões sempre certeiras da bela taróloga Solitaire (Jane Seymour). Mas entre fantásticas perseguições aquáticas e fugas engenhosas, o agente secreto do MI6 arrebata o coração da jovem e destrói toda a estrutura do traficante. Sobrevive apenas o lendário Barão Samedi, espírito da morte na crença vodu de San Monique. Lurdes Santos
Título original: Live and Let Die Realização: Guy Hamilton Elenco: Roger Moore, Yaphet Kotto, Jane Seymour, Clifton James, Julius W. Harris, Geoffrey Holder, David Hedison, Gloria Hendry, Bernard Lee, Lois Maxwell, Tommy Lane, Earl Jolly Brown, Roy Stewart, Lon Statton. Duração: 121 min. Reino Unido, 1973
Tema musical: “Live And Let Die” – interpretada e letra by Paul McCartney & Wings
[Texto originalmente publicado na revista Metropolis nº2, Outubro 2012]
https://youtu.be/uLgmsh15mew