«007 – Contra Goldfinger» o terceiro filme da saga de James Bond tem quase 40 anos (estreou em 1964 ), Sean Connery no seu apogeu (e no seu terceiro papel como 007) e uma Bond Girl inesquecível, Honor Blackman como Pussy Galore, que, em 2007, só foi superada por Honey Rider/Ursula Andress na lista das Bond Girls mais populares. A líder de um grupo de mulheres aviadoras bem avisa Bond para desligar o “modo sedução”, a que ela diz ser imune. Porém, como é habitual na série, sucumbe ao charme do agente do MI6 e acaba por trair o vilão Goldfinger – também ele considerado um dos mais terríveis vilões da saga –, um traficante de ouro.
O primeiro Bond oscarizado – melhor edição de efeitos sonoros – foi um marco em termos de aposta na tecnologia, que nunca mais deixou de ser um ingrediente fundamental da saga. O Aston Martin DB5s é outro dos protagonistas deste filme que figura consistentemente nas listas dos melhores da série. “Absurdo, divertido e vil”, escreveu o The Observer e “duas horas de fantasia imperdíveis” decretou o The Guardian. “Goldfinger” é isso e a imagem inesquecível de outra Bond Girl – Shirley Eaton como a garota de ouro assassinada Jill Masterson. Maria do Carmo Piçarra
Título original: Goldfinger Realização: Guy Hamilton Elenco: Sean Connery, Honor Blackman, Gert Fröbe, Shirley Eaton, Tania Mallet, Harold Sakata, Bernard Lee, Martin Benson, Cec Linder, Lois Maxwell, Desmond Llewelyn. Duração: 110 min. Reino Unido, 1964
Tema musical: “Goldfinger” interpretada por Shirley Bassey, composição e arranjos de John Barry, escrita por Leslie Bricusse e Anthony Newley
[Texto originalmente publicado na revista Metropolis nº2, Outubro 2012]